quarta-feira, 19 de março de 2014

DESCREDENCIAMENTO + TRANSFERÊNCIA ASSISTIDA = DESRESPEITO À DIGNIDADE DOCENTE

Os procedimentos do descredenciamento da UGF, e da transferência assistida dos estudantes, promovidos pela SERES/MEC, chegam ao fim de sua primeira etapa. Como o presidente da ADGF advertira em outubro, e por diversas vezes analisamos, isso seria um problema pior que a solução pretendida. Em especial, no que se refere à condição docente. 

Os docentes, nesta ocasião, não foram demitidos pela Galileo, não receberam ou recebem salários, não têm uma instituição de ensino à qual permaneçam vinculados. A isso se soma o desrespeito à dignidade dos docentes e funcionários demitidos massivamente em 2011...

A prometida atenção do MEC, neste caso do descredenciamento, aos processos de inserção dos docentes nas universidades que receberiam os estudantes da UGF, tal qual à atenção aos estudantes... não ocorre. Nem mesmo nas baixíssimas taxas indicadas no Edital!?

O resultado para os docentes, como previsto, é um enorme contingente de docentes sem reinserção no mercado de trabalho da educação superior. Tão grave quanto isso, os que estão a ser reinseridos têm seus salários aviltados.

Permanece a ignomínia do não pagamento dos direitos dos docentes demitidos pela Galileo em 2011, somada agora ao não pagamento dos direitos, não demissão e não homologação da interrupção do contrato de trabalho de todo o conjunto dos demais funcionários. Todos, docentes e funcionários, acometidos pela insanidade administrativa da Galileo em 2013, e a incapacidade da SERES/MEC em preservar universidades privadas! 

Ainda mais grave, até o momento a Galileo não deu nenhum encaminhamento de entrega da declaração de Imposto de Renda para que os funcionários e docentes possam apresentar suas declarações de 2013!

Este é um quadro grave, cuja responsabilidade do Sr. José Messias, da SERES/MEC permanece, bem como a do empresário Adenor Gonçalves dos Santos e seus representantes.

Somos docentes lesados pela incúria administrativa e pela incapacidade de preservação institucional da educação superior da SERES/MEC! 

Até o momento, nem 10% dos 2600 funcionários e docentes, do Centro Universitário da Cidade e da Universidade Gama Filho conseguiram realocação laboral; o bairro da Piedade ficou à míngua; os estudantes estão tontos com problemas de documentação... 

É para isso que serve o dispositivo do descredenciamento, para promover ainda mais o caos na educação superior no Brasil?

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